Um monstro refém das insónias

Uma sombra que não dorme e fez de si um alvo de sedução e agressões

Alguém que acedeu aos seus dados pessoais

Uma transtornada, sem respeito pelas regras do privado e do convívio social

Uma histeria epilética a ameaçar-lhe vida e obra

Sufocada pelos vómitos de uma linguagem escatológica

Uma sonâmbula incestuosa gangrenada por traumas religiosos

Uma obcecada com imagens revoltantes e fantasmas sexuais com o próprio filho

Uma besta que lhe espezinha os afetos, contactos e hábitos

Um caso anormal, que lhe invade as amizades, envia emails em seu nomes e está, ano após ano, a pensar permanentemente em si

Uma mente perversa apostada em envenenar-lhe a existência

O diário de uma sedução falhada mergulhada no crime

Um ser disforme mascarado pela capa diária da normalidade

Um problema de saúde pública, avidamente ao seu lado, apenas à espera da noite, para voltar a atacar

sábado, 30 de setembro de 2017

Fundação António Leal Silva, uma experiência piloto, em Portugal, de acolhimento de homens vítimas de violência doméstica




"O último Relatório Anual de Segurança Interna revela que 6522 homens foram vítimas de violência doméstica em 2016, o que representa cerca de 15% do total de queixas por este crime, um aumento de 7% em comparação com o ano anterior. Na maioria dos casos (1942), as agressões são cometidas por mulheres, com quem têm ou tiveram uma relação de intimidade, mas existem também registo de 353 queixas no âmbito de relacionamentos homossexuais. Em cerca de 1400 denúncias, os agressores são os filhos, netos, sobrinhos, genros ou enteados".

segunda-feira, 18 de setembro de 2017

James Fallon, autor de "The Psychopath Inside", visita Portugal. Pode a afetividade "curar" a psicopatia?...






 “Tinha ainda na secretária um monte de exames feitos aos psicopatas quando chegaram os resultados destes outros exames sobre Alzheimer. Quando estava a ver os resultados, pensei que me tinham pregado uma partida. Tinham colocado um dos exames dos psicopatas no monte do estudo de Alzheimer. Disseram-me que não. Não havia qualquer partida ou engano. E eu sabia que estava a olhar para o padrão de um psicopata dos piores, um caso puro, que, pensei, não devia andar por aí à solta. Tive de arrancar o papel que tapava o nome da pessoa que tinha feito o exame. Era eu.”

quarta-feira, 13 de setembro de 2017

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